quinta-feira, 1 de setembro de 2011

VISÃO SOBRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Embora os livros escolares nos façam crer que o 7 de Setembro é o Dia da Independência do Brasil em relação a Portugal, precisamos entender essa data como um marco num longo processo e não como uma data ou um ato isolado. Também precisamos ter consciência que a independência não abrangeu as áreas econômica e social, mas, somente a área política. Houve, na verdade, um corte nos laços políticos entre a colônia e o reino.
Como parte desse processo de libertação, tivemos os primeiros movimentos sociais que questionaram a situação colonial do Brasil em relação a Portugal como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e do Rio de Janeiro e a Revolução Pernambucana. Embora esses movimentos tivessem sido contornados pela monarquia portuguesa, acabaram por agravar a crise colonial e alimentar ainda mais o desejo de libertação.
Outro fato que contribuiu para a emancipação do Brasil foi a abertura dos portos que permitiu ao Brasil negociar diretamente com outros países, principalmente, com a já industrializada Inglaterra que tinha interesses em comercializar com os países latino-americanos, prevendo, nessa região, uma rica fonte de escoamento de seus produtos e fornecimento de insumos para sua produção.
Com a volta de D. João VI a Portugal, o príncipe-regente aproxima-se da aristocracia rural que tem interesse na independência, mas, ao mesmo tempo não quer perder seus privilégios com uma eventual guerra para independência como acontecia com outras colônias europeias na América. Daí, o apoio dos influentes aristocratas da época para a permanência de D. Pedro no país que ocasionou no famoso Dia do Fico. Porém, o Fico não foi pela felicidade geral da nação e nem para o bem do povo, mas, sim, pelo grupo nobre que o apoiava.
Explica-se, então, o fato de que a independência do Brasil foi simplesmente a transferência de poder de Portugal para o Brasil sem movimentos populares e com a tomada do poder pelas classes nobres, somente. Se, por um lado, a independência poupou sacrifícios do povo, por outro, afastou-o do poder. Uma situação que dura até hoje.
UMA VISÃO REALISTA.
Não pense que o “grito de independência” foi de acordo com os livros escolares ensinaram, com a espada em punho e firmeza na face. Pode tirar o cavalo da chuva. E, falando em cavalo, não pense também que o imperador Dom Pedro I foi montado em um lindo e formoso cavalo branco e com seus soldados bem fardados logo atrás. Não!
O culpado, em pequena escala, dessa confusão toda é o pintor Pedro Américo, que resolveu pinta um quadro com essa cena surrealista.
Na real, o que aconteceu foi que Dom Pedro I, junto com sua comitiva, voltava da cidade de Santos em cima de uma mula e o imperador teve uma horrível dor de barriga, causada por algum alimento que não lhe fez bem. Para se aliviar, vossa alteza resolveu procurar uma moita de capim. Enquanto se aliviava, um mensageiro chegou com uma carta da corte portuguesa, com uma intimação para Dom Pedro sair do Brasil. Foi aí que o “grito da independência” aconteceu: no instante em que o imperador subia as calças, disse que “Agora, é ir contra Portugal ou morrer”, mas, para não ficar tão banalizada assim, a frase foi “traduzida” para “Independência ou Morte”. E nada de espada em punho! E na de espada em punho! A coisa mais formal de independência que Dom Pedro fez foi pedir que cerca de 10 homens da sua comitiva retirassem suas fitas.

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